quarta-feira, 10 de março de 2010

O XAXADO




Segundo informa cãmara cascudo, foi gênero de dança popular bastante comum durante o seculo XIX


Em 1928Rodrigues de Carvalho registrou que "...o baião, que é o [ritmo] mais comum entre a canalha, e toma diversas modalidades coreográficas".


Câmara Cascudo registra ainda a sua popularização no país, a partir de 1946, com Luiz gonzaga em forma modificada pela "inconsciente influência local do samba e das congas cubanas" - sendo o ritmo de sucesso, vencendo o espaço então dominado pelo bolero.

Sua execução original era com sanfonas, que com a popularização passou a anexar o orquestramento.

GRUPO DE DANÇA XAXADO DE PARNAMIRIM/RN TAMBÉM DANÇA XOTE


lguns estilos de xote
  • Xote-carreirinho: estilo comum no Rio Grande do Sul e Paraná com coreografia próxima à da polca dançada pelos colonos alemães no Brasil.
  • Xote-duas-damas: variante de xote, dançado do Rio Grande do Sul, na qual o cavalheiro dança acompanhado de duas damas.
  • Xote-inglês: estilo popular no final do século XIX no Brasil.
  • Xote-bragantino: estilo popular no Pará, sua coreografia difere bastante da original.

No Pará, a dança foi trazida pelos portugueses, que a cultivavam assiduamente em todas as reuniões festivas. De longe, os escravos assistiam os movimentos e guardavam na memória. Em 1798 quando em Bragança, os escravos fundaram a Irmandade de São Benedito, a Marujada, o Xote foi magnificamente aproveitado pelos escravos, tornando-se a mais representativa dança do povo Bragantino. Nas festas populares o Xote é executado inúmeras vezes.

XOTE


Xote é um ritmo musical binario ou e uma dança de salão de origem portuguesa. É um /dança muito executado no forro.

De origem alemã, a palavra "xote" é corruptela de "Schotisch", uma palavra alemã que significa "escosese", em referência à polca escocesa, tal como conhecida pelos alemães. O Schotisch foi trazido para o Brasil por josé Maria, em 1851 e tornou-se apreciado como dança da elite no período do sengundo reinao. Daí, quando os escravos negros aprenderam alguns passos da dança, acrescentado sua maneira peculiar de bailado, o Schotisch caiu no gosto popular, com o nome de "xótis" ou simplesmente 'xote'.

É uma dança muito versátil e pode ser encontrada, com variações rítmicas, desde o extremo sul do Brasil (o xote gaúcho), até o extremo norte, nos forrós nordestinos. Diversos outros ritmos possuem uma marcação semelhante, podendo ser usados para dançar o xote, que tem incorporado também diversos passos de dança e elementos da música latina-americana, como, por exemplo, alguns passos de salsa, de rumba e manbo XAXADO.

Hoje em dia, o xote é um dos ritmos mais tocados e dançados em todo o Brasil

GRUPO DE DANÇA XAXADO DE PARNAMIRIM/RN


Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião, nasceu em 7 de julho de 1897 na pequena fazenda dos seus pais em Vila Bela, atual município de Serra Talhada, no estado de Pernambuco. Era o terceiro filho de uma família de oito irmãos.

Lampião desde criança demonstrou-se excelente vaqueiro. Cuidava do gado bovino, trabalhava com artesanato de couro e conduzia tropas de burros para comercializar na região da caatinga, lugar muito quente, com poucas chuvas e vegetação rala e espinhosa, no alto sertão de Pernambuco (chama-se Sertão as regiões interiores e distantes do litoral, onde reinava a lei dos mais fortes, os ricos proprietários de terras, que detinham o poder econômico, político e policial).

Em 1915, acusou um empregado do vizinho José Saturnino de roubar bodes de sua propriedade. Começou, então, uma rivalidade entre as duas famílias. Quatro anos depois, Virgulino e dois irmãos se tornaram bandidos. Matavam o gado do vizinho e assaltavam. Os irmãos Ferreira passaram a ser perseguidos pela polícia e fugiram da fazenda. A mãe de Virgulino morreu durante a fuga e, em seguida, num tiroteio, os policiais mataram seu pai. O jovem Virgulino jurou vingança.

Lampião formou o seu bando a princípio com dois irmãos, primos e amigos, cujos integrantes variavam entre 30 e 100 membros, e passou a atacar fazendas e pequenas cidades em cinco estados do Brasil, quase sempre a pé e às vezes montados a cavalo durante 20 anos, de 1918 a 1938.

GRUPO DE DANÇA XAXADO DE PARNAMIRIM/RN


Xaxado é uma dança de guerra e entretenimento criada pelos cangaceiros de Lampião no inicio dos anos 1920, em Vila Bella, atual Serra Talhada. Ainda na época do cangaço tornou-se popular em todos os bandos de cangaceiros espalhados pelos sertões nordestinos. Era uma dança exclusivamente masculina, por isso nunca foi considerada uma dança de salão, mesmo porque naquela época ainda não havia mulheres no cangaço. Faziam da arma a dama. Dançavam em fila indiana, o da frente, sempre o chefe do grupo, puxava os versos cantados e o restante do bando respondia em coro, com letras de insulto aos inimigos, lamentando mortes de companheiros ou enaltecendo suas aventuras e façanhas.
Originalmente a estrutura básica do xaxado é da seguinte forma: avança o pé direito em três e quatro movimentos laterais e puxa o pé esquerdo, num rápido e deslizado sapateado. Os passos estão relacionados com gestos de guerra, são graciosos porém firmes. Apresença feminina apareceu depois da inclusão de Maria Bonita e outras mulheres ao bando

Maria Bonita sempre insistia muito para que Lampião cuidasse do olho vazado


Maria Bonita sempre insistia muito para que Lampião cuidasse do olho vazado. Diante dessa insistência, ele se dirige a um hospital na cidade de Laranjeiras, em Sergipe, dizendo ser um fazendeiro pernambucano. Virgulino tem o olho extraído pelo Dr. Bragança - um conhecido oftalmologista de todo o sertão - e passa um mês internado para se recuperar. Após pagar todas as despesas da internação, ele sai do hospital, escondido, durante a madrugada, não sem antes deixar escrito, à carvão, na parede do quarto:
"Doutor, o senhor não operou fazendeiro nenhum. O olho que o senhor arrancou foi o do Capitão Virgulino Ferreira da Silva, Lampião".

GRUPO DE DANÇA XAXADO DE PARNAMIRIM/RN


foi um cangaceiro brasileiro. O seu nascimento, porém, só foi registrado no dia 7 de agosto de 1900.

Uma das versões a respeito de sua alcunha é que ele modificou um fuzil, possibilitando-o a atirar mais rápido, sendo que sua luz lhe dava a aparência de um lampião.

GRUPO DE DANÇA XAXADO DE PARNAMIRIM/RN


Em fins de 1930, escondido na fazenda de um coiteiro - nome dado a quem acolhia os cangaceiros - conheceu Maria Déia, a mulher do sapateiro Zé de Neném, que se apaixonou por Lampião e com ele fugiu, ingressando no bando. A mulher de Lampião ficou conhecida como Maria Bonita e, a partir daí, várias outras mulheres se integraram ao bando.

Pouco tempo depois, Maria Bonita engravida e sofre um aborto. Mas, em 1932, o casal de cangaceiros tem uma filha. Chamam-na de Expedita. Maria Bonita dá à luz no meio da caatinga, à sombra de um umbuzeiro, em Porto da Folha, no estado de Sergipe. Lampião foi o seu próprio parteiro.